DONALD TRUMP: A imprevisibilidade do bem ou do mal?
O mundo continua assustado com a gestão Donald John Trump Jr. por vir. São muitas as possibilidades para um maior protecionismo dos norte-americanos. As promessas de enfrentamento são muitas e vão da construção de muro na fronteira com o México, deportação ou prisão imediata de aproximadamente três milhões de imigrantes, discursos xenófobos, discriminação racial e por aí vai. A imprevisibilidade está no ar.
As desigualdades racial e social existem por todos os quadrantes do mundo e o novo presidente americano pretende acirrar essa discrepância que só irá gerar mais violência.
Trump anunciou e vai sim sacudir os pilares do sistema republicano, doa a quem doer. O suporte para tal vem da “supremacia americana”, agora alinhada com o discurso fanático, arrogante, vulgar, rude, valentão e preconceituoso do bilionário eleito presidente dos EUA.
É sabido que o presidente eleito estará a serviço do americano branco e rico. Na política externa, como aliados militar e econômico talvez prefira tão somente a Inglaterra e Israel. O resto do Continente Europeu poderá ser descartado, com evidente aproximação com a Rússia.
Da América Latina, pouco interesse terá. A América do Sul então poderá ser inexistente aos olhos de Trump. O Brasil terá mesmo que se agarrar na China comercialmente falando. Socialmente, os cerca de quinhentos mil brasileiros que estão ilegais nos EUA, é bom começar se mexerem, porque retaliações virão por parte do novo governo americano.
Diante do exposto, o globalismo moderno (liberalismo exacerbado) indubitavelmente passará por novos alinhamentos e aí salve-se quem puder. Entende-se imigrantes, judeus, católicos, negros e claro os comunistas. Ou seja, o que Obama negociou com Cuba perderá o efeito.
No Brasil, a ultra direita busca bons nomes interessados para seguir e defender o pensamento do futuro presidente norte-americano. É esperar para ver esses “nomes desconhecidos” surgirem já nas eleições de 2018.
Certo é que a imprevisibilidade de Donald Trump pode, no seu governo, a qualquer momento fazer surgir decisões econômicas e sociais que poderão sacudir o mundo democrático, seja para o bem ou para o mal.
www.bbc.com/portuguese/internacional-37919102
www.bbc.com/portuguese/internacional-37924487
Carlos Evangelista é jornalista (ESEEI) e especialista em Sociologia Política (UFPR). Este artigo reflete as opiniões do autor. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.